O juiz João Divino Moreira Silvério Sousa, do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), condenou Antônio Xavier de Araújo, conhecido como Totonho, que anteriormente foi prefeito e vereador de Rio Branco, a um total de cinco anos, três meses e 21 dias de prisão por seu envolvimento em tráfico de drogas.
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Ele foi apanhado transportando aproximadamente cinco quilos de maconha e mais de 20 quilos de pasta base de cocaína em uma barreira estabelecida pela polícia na rodovia GO-070, em Goiânia. Apesar da sentença, o juiz decidiu liberar o ex-prefeito da prisão.
A detenção de Totonho ocorreu no dia 26 de outubro de 2024, durante uma operação conjunta realizada pelas polícias Rodoviária Estadual de Goiás, Militar e Rodoviária Federal.
Ele foi interceptado na barreira enquanto dirigia um automóvel Hyundai HB20. Durante a revista, os cães farejadores encontraram a droga oculta no encosto do banco traseiro e no assento do passageiro da frente.
Em seu depoimento, Totonho admitiu sua culpa na atividade criminosa e afirmou que estava engajado no tráfico há mais de 40 anos. Ele ainda mencionou que receberia R$ 25 mil para levar a carga ilegal até Uberlândia.
O carro utilizado na operação estava registrado em nome de uma empresa, a qual, conforme declarado pelo acusado, pertence a seu filho.
A defesa tentou invalidar as provas, alegando que a abordagem foi irregular, baseada apenas em uma denúncia anônima. No entanto, o juiz negou essa reivindicação, sublinhando que a interceptação foi realizada de maneira legítima, como parte de uma operação policial organizada.
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Ao proferir sua decisão, o juiz reconheceu a admissão de culpa do réu como um fator atenuante, mas enfatizou que as evidências apresentadas corroboravam a materialidade e a autoria do delito.
"O que foi exposto e tudo mais que consta nos autos culminou em uma pena definitiva de 05 (cinco) anos, 03 (três) meses e 21 (vinte e um) dias de reclusão pelo delito de tráfico de drogas cometido pelo réu", afirma um trecho da sentença.
Contudo, mesmo com a condenação, o juiz ordenou que Totonho fosse libertado. "Portanto, deve ser emitido um alvará de soltura em favor de Antônio Xavier de Araújo, devendo ser libertado imediatamente, a menos que esteja sob custódia por outra razão", escreveu o juiz em outra parte da decisão.
A soltura do ex-prefeito reacendeu conversas sobre o sistema penal e a aplicação de penas no Brasil. O Ministério Público ainda tem a possibilidade de recorrer dessa decisão.
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